Blog de Notícias

O smartphone se tornou um aparelho indispensável na rotina de todo mundo. Ele não só centraliza a comunicação pessoal e profissional, como também ajuda a realizar diversas atividades cotidianas. Pedir comida, pesquisar localização, ouvir música, jogar, acompanhar exercícios físicos – há aplicativos para praticamente tudo o que se pode imaginar.

O uso intenso e frequente exige bastante energia do dispositivo e um dos maiores desafios dos fabricantes hoje é criar baterias capazes de suprir essa demanda. A cada nova geração de smartphones, surgem melhorias nesse sentido. Porém, por mais duráveis que sejam, as baterias precisam ser recarregadas em algum momento. Atenta a isso, a indústria também tem apostado no desenvolvimento das tecnologias de carregamento rápido, conhecidas como fast charge, quick charge e power delivery.

Essas soluções servem para diminuir o tempo que o aparelho precisa ficar conectado a uma fonte de energia para completar 100% de carga. Algumas delas chegam a triplicar a velocidade de carregamento. Então, se você quer saber como passar menos tempo preso à tomada, continue lendo este post.

Carregamento rápido: como funciona?

A bateria de um smartphone recarrega quando uma corrente elétrica passa por ela. Quanto maior a intensidade, medida em ampère (A), mais rápido esse processo ocorre. No entanto, é preciso fazer um controle para evitar superaquecimento e danos aos componentes. É por isso que o próprio dispositivo possui reguladores internos para limitar a quantidade de energia recebida. Em geral, os aparelhos tradicionais suportam em torno de 2 A.

As tecnologias de carregamento rápido fazem uma administração mais inteligente da corrente elétrica e, por isso, conseguem atingir correntes (ou amperagens) maiores, que podem chegar a até 5 A. Contudo, é necessário que tanto o carregador quanto o smartphone sejam compatíveis com essas tecnologias. Vamos entender melhor como o aumento da eficiência é possível.

Fast Charge

A tecnologia Fast Charge fornece uma corrente maior para acelerar o processo de recarga das baterias. Nesse caso, o controle é feito apenas pelo chip do carregador. Ele é capaz de identificar o limite de corrente elétrica suportado pelo aparelho conectado e, desta forma, gerencia o fornecimento de energia.

Os carregadores Fast Charge são seguros e não oferecem risco de ultrapassar o limite da corrente nem de gerar danos aos dispositivos. Qualquer modelo capaz de fornecer a partir de 2 A entra nesta categoria. Alguns deles são capazes de alcançar até 5 A e fazer um carregamento ultrarrápido, preenchendo de 75% a 80% da carga em aproximadamente 30 minutos.

Quick Charge

Esta tecnologia foi criada em 2013 pela Qualcomm. Funciona da seguinte forma: o processador do celular se comunica com o chip do carregador para controlar a corrente elétrica. Isso ocorre de acordo com a porcentagem de carga da bateria: se ela está baixa, o aparelho permite uma corrente maior; se está alta, limita a amperagem recebida. Dessa forma, o carregamento ocorre mais rápido. Como mencionamos anteriormente, isso só é possível caso o processador e o chip do carregador sejam compatíveis.

Apesar dessa tecnologia ser patenteada pela Qualcomm, ela serve de base para a maioria das marcas de smartphone que usam o processador Snapdragon. Assim, os modelos mais modernos já aceitam o Quick Charge. Também é possível encontrar carregadores USB, sem fio por indução e power banks compatíveis.

A tecnologia Quick Charge evoluiu com o passar dos anos e oferece um desempenho cada vez melhor. Por enquanto, o mais comum é encontrar aparelhos compatíveis com a versão 3.0, que chega a até 2,4 A. Apenas os dispositivos de ponta aceitam as versões 4 e 4+, que são as mais recentes disponíveis no mercado. Além disso, a Qualcomm já anunciou a versão Quick Charge 3 Plus capaz de carregar 50% em 15 minutos.

Power Delivery

Com o uso da porta USB ganhando cada vez mais espaço para carregar dispositivos, a tecnologia USB Power Delivery, sigla USB-PD, foi desenvolvida pela USB Implementers Forum (USB-IF) para proporcionar mais facilidade e eficiência. Os equipamentos com essa tecnologia são capazes de entregar maior potência e ajuste de tensão. Com isso, além de carregar smartphones, é possível carregar equipamentos com bateria mais potente, como notebooks, tablets, monitores e power banks, tendo mais segurança e rapidez. O tempo de carregamento pode ser até 3x mais rápido em comparação às tecnologias anteriores mais comuns, devido a essa maior potência.

Por enquanto, a tecnologia Power Delivery só está disponível para saída USB tipo C. A vantagem é que normalmente acompanha outros tipos de saída no mesmo carregador, podendo inclusive ser utilizada simultaneamente. E como um dos objetivos dessa tecnologia é a facilidade, imagine poder carregar seu notebook e seu smartphone ao mesmo tempo, utilizando um só carregador, e ainda rapidamente? Prático, não é mesmo?

Como saber se o seu aparelho é compatível?

Agora que conhece as tecnologias de carregamento rápido, você pode estar se perguntando: mas como saber se meu dispositivo é compatível? Será que vai funcionar?

Como mencionamos anteriormente, os carregadores Fast Charge são compatíveis com qualquer aparelho. Como vimos no início deste artigo, eles são capazes de identificar o limite de corrente e realizar a recarga de acordo, sem riscos. Assim, são uma opção segura para qualquer dispositivo.

Já a tecnologia Quick Charge foi criada pela Qualcomm e funciona para os processadores e chips da marca. A maioria dos smartphones recentes que utilizam o sistema Android também são equipados com o processador Snapdragon. Logo, são compatíveis com a tecnologia. A única diferença é em relação à versão do Quick Charge: a mais comum ainda é a 3.0, lançada em 2016. No site da empresa é possível baixar a lista de dispositivos compatíveis.

Também vale notar que as marcas de smartphones costumam criar tecnologias de carregamento rápido que recebem outros nomes, mas que seguem o mesmo princípio da Quick Charge.

Apesar do USB Power Delivery ter o funcionamento similar ao Quick Charge, ele é compatível com um número maior de dispositivos (notebooks, monitores, smatphones, power banks, e outros). Isso ocorre porque ele não precisa do hardware da Qualcomm para funcionar. Porém, entre os smartphones a compatibilidade é menor, pois nesse meio há um domínio do processador Snapdragon da Qualcomm.

Fonte: Intelbrás

« Voltar