84% dos funcionários brasileiros compartilham dados confidenciais


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84% dos funcionários brasileiros compartilham dados confidenciais

Uma pesquisa global da Veritas Technologies, fornecedora de soluções para proteção, disponibilidade e informações de dados, aponta que 71% dos funcionários – 84% no recorte do Brasil – admitem compartilhar dados corporativos confidenciais e de uso restrito através de plataformas de colaboração e mensageria.

O relatório Veritas – A ameaça oculta da colaboração profissional – que entrevistou 12,5 mil funcionários em dez países, mostra que os dados expostos colocam as empresas em risco, tirando delas o controle sobre os dados. Nos Estados Unidos, por exemplo, 58% dos funcionários afirmam que estão salvando suas próprias cópias das informações da empresa, compartilhadas por meio de mensagens instantâneas, e apenas 51% excluem totalmente essas informações.

Já no Brasil, o percentual de pessoas que salvam suas próprias cópias é maior do que nos EUA (71%), embora os que deletam seja similar (52%), havendo um risco maior de vazamento das informações. As duas abordagens podem expor as empresas a multas altíssimas, caso os reguladores façam uma auditoria.

No Brasil, os dados confidenciais compartilhados por funcionários nesses canais incluem informações sobre o cliente (23%), detalhes sobre questões de RH (22%), contratos (21%), planos de negócio (15%) e até resultados de testes de covid-19 (21%). Menos de um terço dos funcionários sugeriram que não haviam compartilhado qualquer coisa que pudesse ser comprometedora.

A pesquisa também revela que, embora os funcionários usem ferramentas de colaboração para fechar negócios, processar pedidos e concordar com aumentos no pagamento, muitos acreditam que não há um registro formal da discussão ou do acordo. De fato, no Brasil, apenas 67% acreditam que as empresas estão salvando essas informações.

A pesquisa mostra que esse desafio se torna ainda mais complicado por conta do aumento do tempo gasto pelos funcionários em aplicativos de mensagens e de colaboração, como Zoom e Teams, que cresceram em 29% no Brasil desde o início da pandemia. Isso significa que os funcionários estão gastando, em média, duas horas e meia todos os dias com esses aplicativos, com 34% dos funcionários no Brasil gastando mais da metade da semana de trabalho com essas ferramentas.

Mensagens instantâneas têm quase tanta confiança quanto o e-mail

Quando perguntados sobre quais métodos de comunicação fornecem a prova mais confiável de que um acordo é vinculativo, as respostas não parecem ser baseadas na capacidade das empresas de capturar a discussão como evidência:

No Brasil, o e-mail ainda é visto como uma afirmação confiável de um acordo por 96%, seguido por mensagens com assinatura eletrônica e ferramentas de colaboração – ambos com 94%.
Aplicativos de mensagens instantâneas como o WhatsApp têm praticamente o mesmo nível de confiança de cartas – 91,8% e 92,4% respectivamente.

Fonte: IPNews


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