Telemedicina: o que é e como pode ajudar em tempos de pandemia.


icone facebook icone twitter icone whatsapp icone telegram icone linkedin

Telemedicina: o que é e como pode ajudar em tempos de pandemia.

Nos últimos meses os olhos dos especialistas de saúde do mundo se viraram para a mesma coisa: o crescimento do número de infectados pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2), causando a doença COVID-19. Com a rápida expansão da doença pelo mundo, os primeiros casos no Brasil alertaram as autoridades que, para conter os danos, buscaram novas maneiras de atender a população sem aumentar os riscos para os profissionais de saúde e as próprias pessoas. Por isso, foi aprovada pela Câmara a regulamentação, em caráter emergencial, da telemedicina.

Você sabe o que é a telemedicina e como ela pode ser útil em tempos de pandemia? Essas e outras respostas você pode encontrar neste artigo!

O que é telemedicina?

Tradicionalmente, a telemedicina diz respeito a uma área da saúde que oferece suporte como laudos e diagnósticos a distância. A prática da telemedicina é prevista no CFM (Conselho Federal de Medicina) e, por meio de decreto da entidade, a define como o exercício da Medicina por meio da utilização de metodologias interativas de comunicação audiovisual e de dados, com o objetivo de assistência, educação e pesquisa em Saúde.

Historicamente, a telemedicina foca em diagnósticos por imagem, resultados de exames e laudos, porém, no contexto da recente pandemia do Covid-19, o governo regulamentou, também, consultas realizadas a distância. Essa medida visa proteger tanto médicos quanto pacientes.

É importante entender que até mesmo o CFM entende que existem problemas e limitações na utilização dessa metodologia, porém, em contextos de epidemias e pandemias, a telemedicina pode oferecer uma solução extremamente benéfica para a sociedade.

Como ela funciona.

Em relação a laudos e diagnósticos, a telemedicina oferece um suporte na entrega desses exames tanto para os profissionais de saúde quanto para os pacientes. Por exemplo, uma pessoa realiza uma tomografia (por imagem) e, após feito o exame, o profissional recebe as imagens e pode, por meio da internet, interpretar e elaborar os laudos necessários. E, claro, é por meio da própria internet que eles são entregues de volta ao paciente.

Esse cenário é um pouco diferente no que diz respeito às consultas. No primeiro não há interação entre pacientes e médicos e, para as consultas, a interação é fundamental. Por isso, as soluções de telemedicina são um pouco diferentes para cada objetivo.

No caso das consultas, por exemplo, uma ferramenta que promova comunicação bidirecional – por meio de áudio e vídeo – é essencial para o bom andamento do atendimento. Por meio desse tipo de ferramenta os pacientes e profissionais de saúde podem conversar e, utilizando a internet, simular uma consulta presencial em um consultório.

A prática de consultas via internet não era legalizada no Brasil, porém, recentemente, o governo autorizou em caráter emergencial. Mas porque a telemedicina está tão em alta e como ela pode ser útil em contexto de epidemias e pandemias?

Quais são os benefícios da telemedicina?

O primeiro benefício é a praticidade. O fato de o deslocamento não ser necessário é um grande atraente para quem precisa acessar laudos e resultados de exames. Principalmente em caso de doenças que são mais debilitantes, o acesso ao conteúdo direto de casa economiza ao paciente tempo e até mesmo o dinheiro utilizado pelo deslocamento.

E por falar em dinheiro, a economia também é um excelente benefício da telemedicina. Além de ser econômico para os pacientes, os médicos e instituições de saúde também se beneficiam de, por exemplo, não gastar com a impressão de exames – e acredite, alguns exames por imagem são muito caros para imprimir!

O amplo acesso é uma das maiores vantagens da telemedicina no Brasil. Em um país tão grande como o nosso, nem sempre as pessoas têm acesso a um laboratório ou um consultório com facilidade. Essa realidade é ainda mais presente nas cidades de interior. E o que melhor para encurtar distâncias do que a internet? Segundo dados do IBGE em novembro do ano passado, quase 80% da população brasileira já tem acesso internet, o que comprova que a telemedicina tem muito potencial de alcançar muitas pessoas que talvez não tenham acesso à medicina de forma tradicional.

Por último, em contextos gerais, podemos citar a agilidade. A utilização da telemedicina para exames aumenta a produtividade de profissionais e, por isso, diminui o tempo de espera para resultados.

Mas aqui estamos falando apenas de vantagens em contextos gerais. Para contextos de epidemias e pandemias como estamos vivendo hoje a telemedicina tem um poder ainda maior!

Telemedicina em meio a pandemia.

O cenário é grave e uma doença altamente contagiosa ao contato está infectando centenas de milhares de pessoas ao redor do mundo. Os profissionais de saúde que trabalham na linha de frente para tentar controlar a situação estão, cada vez mais, colocando suas vidas em risco para salvar a dos pacientes. Nesse contexto, a telemedicina pode ser muito útil para não só diminuir a chance de contágio – para profissionais e pacientes – como, também, aumentar o volume de consultas e atendimento.

Veja algumas vantagens da telemedicina no contexto da pandemia do COVID-19:

Além de todos os benefícios citados acima, o atendimento por meio da telemedicina oferece vantagens específicas para tempos de pandemia. Algumas delas são:

Maior volume de atendimentos: existem milhares de médicos que não atuam diretamente em hospitais e, por isso, não trabalham em caráter de pronto atendimento. Com a regulamentação da telemedicina, esses profissionais de consultório podem também atuar no atendimento de casos suspeitos de COVID-19, oferecendo orientações aos pacientes.
Segurança para os profissionais: sem a necessidade de contato entre pacientes e médicos a segurança aumenta e, com isso, o risco de contágio de profissionais de saúde diminui bastante.
Segurança para pacientes: segundo as estatísticas, a vasta maioria de pessoas que testarem positivo para o COVID-19 terão sintomas leves e, por isso, não necessitam de internação e com sintomas leves semelhantes a um resfriado ou alergia, existe uma chance do paciente acreditar estar infectado e, na verdade, não estar. Se essa pessoa saudável se desloca até um pronto socorro, corre risco de contágio no próprio hospital. Além disso, uma pessoa com sintomas leves pode infectar outras que estão no pronto socorro por outros motivos.
Orientação e acompanhamento constante: por meio da internet os médicos conseguem atender mais pessoas e, com isso, continuar acompanhando a evolução dos pacientes que estão em casa em isolamento.

Exigências e legislação da telemedicina.

Ainda com todos esses benefícios, áreas tão tradicionais e tão importantes quanto a medicina possuem legislações e exigências específicas para operarem a distância. Assim como na educação, não são todas as práticas de medicina que podem ser realizadas por meio da internet na legislação vigente.

No final de 2019 todo espectro da telemedicina havia sido oficialmente regulamentada pelo CFM, porém, com a alta da desconfiança por parte dos membros, foi revogada pouco tempo depois.

Porém, o avanço da pandemia do COVID-19 fez com que o governo tomasse medidas emergenciais e abriram portas para as práticas de telemedicina. Desde o dia 19 de março as seguintes práticas de telemedicina foram autorizadas pelo CFM:

Orientação e consultas: profissionais podem realizar consultas, orientação e acompanhamento de pacientes em isolamento;
Monitoramento: monitoramento de parâmetros de saúde e doença;
Interconsulta: médicos podem trocar opiniões de diagnóstico entre si.
E claro, é importante ficar ainda mais atento às credenciais dos profissionais que estão realizando os atendimentos. O CFM ainda mantém exigências de que apenas profissionais qualificados podem realizar atendimento, como médicos e enfermeiros registrados nos conselhos regionais e federal de medicina.

Tecnologia para telemedicina.

Com o crescimento dos atendimentos, cresce também a procura por plataformas e tecnologia que possam intermediar as consultas. Para que os atendimentos sejam realizados com sucesso, é preciso uma tecnologia estável e segura, para garantir a qualidade e, claro, a privacidade de profissionais e pacientes.

Por isso, é ideal que profissionais procurem plataformas de áudio e vídeo que possuam formas de comunicação bidirecional e, principalmente, segurança para o não-vazamento de dados.

A medicina é só uma das diversas áreas que estão se adaptando em meio à pandemia do COVID-19 e a telemedicina está representando avanços significativos na área da saúde.

Com todos os esforços voltados para frear o avanço do vírus, a telemedicina está se mostrando uma ferramenta poderosa para ampliar o atendimento ao redor do país e, ao mesmo tempo, garantir a segurança de profissionais e pacientes.

Fonte: Sambatech


« Voltar